Que nem de longe um apresentador de televisão dissesse, com cara séria e
fingindo ser verdade, que o mundo estaria a poucas horas de terminar. Dissesse
isso olhando para o relógio, a cara compungida… Nem de longe. Incontáveis
estúpidos se jogariam das sacadas, das pontes, debaixo dos trens… Seria uma
tragédia.
- “Ah, Prates, mas quem é que não ia saber que era mentira, ora bolas, o
mundo terminar…” Tens razão, leitora ingênua, leitor de boa paz, mas só os
inteligentes diriam isso e pensariam assim, a maioria ia fechar a cara e sair
para as ruas, morrer ao ar livre… Tem idiota para tudo, para tudo. O que você
contar, brincando, tem quem acredite.
E é isso o que me irrita, essas pessoas “aéreas” que acreditam em dogmas
religiosos, mensagens proféticas, baboseiras inventadas ao longo da história
humana e por pessoas inescrupulosas, que diziam falar em nome de um “ente”
superior. Faziam, e fazem isso, porque sabem que há multidões de pacóvios que
acreditam.
Ocorre que esses mesmos que acreditam em “seres especiais,
todo-poderosos”, não acreditam com a mesma força na força da água benta. Os
“iluminados da mente” sabem que água benta só existe uma, a da testa, o suor, a
abençoada água gerada pelos esforços da fé no trabalho.
Claro que não vai haver fim do mundo no próximo dia 21, esse que vem
agora, mas a bobagem vai continuar a ser prometida sempre e sempre e como uma
data de acerto de contas dos pecadores com a divindade… – Vida, perdoai-lhes,
não sabem o que pensam e o que dizem!
Aliás, o fim do mundo é um fato, sim, incontestável, é fato para os que
hoje, infelizmente, estão morrendo. Morreu é fim do mundo, ponto e ponto final.
O mais é pregação de gente interessada em falar de bicho-papão para adultos que
não cresceram, adultos que acreditam em profetas e vinganças divinas. Coitados.
Texto:Luiz Carlos Prates.
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