20 de nov. de 2010

CORITIBA É BI-CAMPEÃO BRASILEIRO DA SÉRIE B

EM 2011 ESTAREMOS DE VOLTA À ELITE DO FUTEBOL BRASILEIRO

NEM TODO VERMELHO É VERMELHO E NEM TODO AZUL É AZUL


Muitos têm atribuído o resultado da eleição presidencial ao eleitorado de Lula (e agora de Dilma), que seria composto essencialmente por “nordestinos, de menor instrução e desinformados”. Vários mapas do Brasil foram tingidos de vermelho e azul, conforme as regiões do país em que venceram Dilma e Serra. Vistos sem reflexão, contudo, essas análises da geografia eleitoral podem nos trazer um retrato enganoso da eleição.

As análises apontam para a existência de um Brasil dividido ao meio, separando o Sul-Sudeste rico, escolarizado e bem desenvolvido, de um Norte-Nordeste pobre, analfabeto e atrasado. A consequência dessa geografia das urnas é tautológica: foram os pobres, que só pensam no seu estômago, que elegeram Dilma. Já os ricos, conscientes, optaram por Serra.

Mas as cores pintadas nesse mapa não refletem a aritmética das urnas, apenas as premissas em que essa análise eleitoral se baseia e aquilo a que ela busca induzir: a lógica preconceituosa. Com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral, verifica-se que nem todo vermelho é vermelho e nem todo azul é azul, e que não foi só o Nordeste que elegeu Dilma, foi o Sul e o Sudeste também.

Juntos RS, SC, PR, SP, MG, ES e RJ deram a Dilma 29.807.768 sufrágios, ou seja, 50,34% do total de votos válidos. Serra obteve nesses estados 29.403.649, isto é, 49,63%. Os dados não deixam dúvidas: Dilma foi eleita por todos os brasileiros. Mesmo se excluíssemos os eleitores das regiões Norte e Nordeste, Dilma teria sido eleita presidente. Portanto, é inaceitável que muitos continuem alimentando discursos preconceituosos, pois Dilma recebeu votos de todos os extratos sociais e de todas as cidades brasileiras.

Em Jaraguá do Sul, uma das cidades mais desenvolvidas do estado, Dilma fez 50,31%, e Serra 49,69%. No município, existem em torno de 1,8 mil famílias cadastradas no programa bolsa-família. Seria desonesto creditar a votação da candidata ao efeito desse programa de renda mínima, assim como é desonesto separar o Brasil em duas cores.

Na escola aprendemos que a tabela de cores é muito mais complexa, rica e variada do que esta geografia binária que nos apresentam algumas análises. O Brasil, Santa Catarina e Jaraguá do Sul são todas as cores que nos levam à justiça social, ao respeito e à igualdade.

Marcel Salomon - advogado

16 de nov. de 2010

ORGULHO A GENTE CONQUISTA


Orgulho a gente conquista

Vice-presidente escreve artigo sobre a trajetória alviverde
O caderno de esportes da Gazeta do Povo desta quarta-feira, 10 de novembro, traz um artigo exclusivo do vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade.
A subida do Coritiba para a Primeira Divisão do futebol brasileiro, lugar que sempre merece estar, não aconteceu por acaso. Em primeiro lugar, é fruto do grande amor da imensa torcida coxa-branca, especialmente de nossos sócios, pelo seu time do coração. Torcida esta que muito me orgulha porque nunca deixou de acreditar que o Coritiba sempre será mais forte do que as dificuldades.
Assim como a bola também não entra no gol por acaso, a campanha vitoriosa do Coxa neste ano, uma das mais expressivas de sua história, é fruto de uma nova visão do futebol. Filosofia esta que considera primordial o fato de que os resultados somente aparecem com trabalho árduo, planejamento estratégico, disciplina, respeito dentro e fora do campo, criatividade e a formação permanente de talentos. Assim o fizemos.
Aquele terrível 6 de dezembro, quando fomos rebaixados e nosso estádio depredado e parcialmente destruído por vândalos e marginais, foi um dos dias mais tristes de minha vida. Fui embora a pé do Couto Pereira tentando entender porque a violência podia superar o valor mais sublime do futebol, que é o amor pelo time. Foi justamente naquela tristeza que me veio uma luz: não podíamos deixar o nosso time, de tradições centenárias, honradas tanto por várias gerações, morrer. Era naquela hora que o Coxa mais precisava de nós.
Lembrei-me daquele ideograma chinês que representa ao mesmo tempo crise (perigo) e oportunidade (solução). Ou seja, em tempos de crise pessoas e empresas têm que buscar saídas criativas e inovadoras que nem sempre são pensadas ou buscadas em tempos de bonança. E foi isso que fizemos: dias depois, reunimos um grupo de empresários que têm grande amor pela camisa alviverde e começamos a reestruturação.
Iniciamos uma campanha de valorização do associado, do bom torcedor. O torcedor do bem, que vai ao estádio pelo amor ao seu time. Lutamos contra o oportunismo das organizadas e livramos o clube da influência danosa destas estruturas.

Começamos o estadual com muitas dúvidas e questionamentos; mostramos que estávamos vivos com a conquista do Paranaense. Tivemos que jogar em Paranaguá, onde fomos muito bem acolhidos. Tivemos que atuar também na Vila Capanema, onde o time coirmão abriu as portas de sua casa. A estada em Joinville, onde também nos receberam muito bem, foi uma grande lição: serviu para aumentar a nossa têmpera.
Valorizamos nossas categorias de base, ao subir 10 atletas. Conseguimos excelentes resultados. Além disso, mostramos que o setor está muito bem organizado. Fomos campeões da taça Belo Horizonte e conquistamos outros títulos importantes. O campeonato brasileiro, no entanto, foi a nossa maior prova. Atuamos um turno inteiro fora do Couto Pereira. Retornamos com uma campanha impecável e entre os líderes. E ainda fomos mais adiante.
O clube passou por uma profissionalização completa, neste ano. Equacionamos as dívidas financeiras contraídas em diversas administrações. Hoje, o Coritiba é uma empresa, com uma visão moderna de gestão, na qual os colaboradores, gerentes e coordenadores respondem pelos seus rendimentos. Diante de todo esse trabalho, alcançamos um número expressivo em nosso quadro associativo, chegando a quase 18 mil sócios, no momento.
A temporada de 2011 representa um novo e grande desafio. Acredito, no entanto, que estamos mais fortes do que nunca e vamos alcançar grandes conquistas.
Quero deixar registrado aqui os meus mais sinceros agradecimentos a toda torcida coxa-branca; aos funcionários do clube; ao Conselho Deliberativo; aos meus companheiros do Conselho Administrativo, em especial aos diretores Ernesto Pedroso e José Fernando Macedo, que compõem o triunvirato do futebol; ao Departamento de Futebol comandado pelo Felipe Ximenes; ao técnico Ney Franco, sua comissão técnica e a todo o elenco de nossa grande equipe, por todas essas conquistas. Somente com essas forças somadas e unidas é que atingimos os nossos objetivos e restabelecemos o nosso orgulho, para ser eternamente Coxa!

*Vilson Ribeiro de Andrade é vice-presidente do Conselho Administrativo do Coritiba Foot Ball Club.

15 de nov. de 2010

O CORITIBA VOLTOU!

O retorno à série A do brasileirão já está assegurada. Agora rumo ao Bi Campeonato Brasileiro da série B.
PARABÉNS NAÇÃO ALVBIVERDE!!- 12° ATLETA, SEMPRE PRESENTE.
Estamos de volta, contra tudo e contra todos!!

3 de nov. de 2010

VEREADOR "FRANCISCO LOPES" ASSUME COMO PREFEITO DE JOAÇABA/SC.


Encontrar uma forma de viabilizar a reforma de algumas máquinas e veículos que há muito aguardam conserto, realizar pequenos serviços de limpeza nos bairros e dar expediente em período integral, manhã e tarde, são algumas das ações do novo prefeito de Joaçaba. O agora licenciado presidente da Câmara de Vereadores Francisco Moreira Lopes (PRB) tomou posse como prefeito de Joaçaba na manhã de segunda-feira. Diversas autoridades acompanharam a solenidade realizada no gabinete do prefeito.
O prefeito Rafael Laske (DEM) transmitiu o cargo ao vice-prefeito Joventino De Marco. Rafael estará em viagem. Já De Marco também se afastou do Executivo para tratamento de saúde e fez a transmissão para Francisco Moreira Lopes. Laske ressaltou a importância de Chico Lopes assumir como prefeito, tanto na esfera política quanto pessoal. De Marco ressaltou a trajetória política de Chico Lopes, eleito como vereador mais votado para o segundo mandato e de seu trabalho junto as comunidades.
“Faço um profundo agradecimento a minha família, ao prefeito e vice pela parceria e credibilidade que depositam no poder Legislativo. È um momento muito importante para mim e, apesar do breve período, farei o possível para bem representar o povo joaçabense”, disse Chico Lopes. O novo prefeito terá, já nas próximas horas, uma reunião com o Secretário de Administração e Finanças para ver da possibilidade de viabilizar a reforma de máquinas e demais veículos.
Na solenidade, Chico Lopes transmitiu o cargo de presidente da Câmara para a vereadora Sueli Ferronato (PT). “O Legislativo sempre buscou manter uma relação de parceria com o Executivo, mas, neste período em que eu estiver na presidência da Câmara e o Chico como prefeito certamente o trabalho estará ainda mais afinado”, ressaltou Sueli.

créditos: Câmara de Vereadores - assessoria de imprensa

1 de nov. de 2010

A FORÇA DA MULHER

iniciei um texto para falar sobre o resultado da eleição, que culminou na vitória de Dilma à Presidência da República, mas lendo este artigo do Jornalista Emiliano José, postado na Revista Carta Capital, de imediato interrompi o meu artigo, pois este, relata e retrata todo o meu sentimento.

Emiliano José1 de novembro de 2010 às 11:55h

Uma vitória do povo brasileiro. A vitória de um projeto político. A vitória de uma mulher. Talvez essa possa ser uma boa síntese das eleições deste domingo. O Brasil que a nova presidente encontra não é o mesmo de 2003, quando Lula assumiu. É muito melhor. No entanto, os desafios que Dilma Rousseff tem pela frente são enormes, sobretudo o de continuar a luta para diminuir a desigualdade social que ainda nos afronta, preocupação que ela manifestou sempre durante a campanha.

Tenho convicção de que a democracia está se consolidando no Brasil. Que o povo brasileiro amadurece cada vez mais. Que a cidadania cresceu. Que a consciência da nossa gente não se submete mais com tanta facilidade aos chamados meios de comunicação de massa, cujo núcleo central é escandalosamente partidarizado. Que os grotões desapareceram de nossa cena política. Que não há mais donos de votos no País, especialmente para as eleições majoritárias. Que não se subestime mais a capacidade do nosso povo.

Creio que definitivamente caiu por terra a noção da existência de formadores de opinião situados na chamada mídia hegemônica. Ou, dito de outra forma, a importância desses atores diminuiu muito. O povo reage é diante das políticas públicas, do resultado efetivo da atuação do governo face à sua vida. Por que razão o povo brasileiro iria deixar de votar numa candidata que representava a continuidade de políticas que o beneficiaram tanto nos últimos anos e trocá-la por outro, que representava tão nitidamente políticas que o prejudicaram enormemente, como o governo Fernando Henrique Cardoso?

Penso muito no desprezo que alguns daqueles que se acreditam formadores de opinião tem pelo povo brasileiro. Não se conformam com a popularidade do presidente Lula, tentam desqualificá-lo o tempo inteiro, confrontando-se com índices de aprovação superiores a 80%. E embarcaram de forma resoluta na tentativa de desqualificação da candidata Dilma Rousseff, inclusive na sordidez que envolviam os falsos dossiês sobre sua atuação política ou, ainda, sobre o odioso caso da posição diante do aborto.

O povo brasileiro elegeu Dilma com muita consciência de que apoiava um projeto político. Há aqueles que atribuem a eleição de Dilma apenas ao inegável carisma do presidente Lula, e não há dúvida de que isso contou. Parafraseando Caetano Veloso, que referiu-se a Roberto Carlos dizendo a gente sabe a quem chama de rei, o povo sabe a quem chama de líder.

Lula é o maior líder político e popular da história do Brasil. No entanto, não fosse o extraordinário governo feito nesses oito anos, com resultados nunca antes vistos, para melhor, nas condições de vida do povo brasileiro, e certamente não bastaria o carisma do presidente Lula.

O carisma se afirmou por conta, sobretudo, das políticas públicas que foram levadas a cabo pelo governo, fruto de um projeto político pensado pelo PT, desenvolvido com mais consistência entre o final dos anos 90 e início do novo milênio. Claro que esse projeto encontrou um ator singular, de uma capacidade rara, de uma intuição política fantástica, e que soube, portanto, dar consistência a tudo que havia sido pensado pelo PT.

O partido compreendeu a complexidade do Brasil. Superou quaisquer tentações isolacionistas, procurou alianças amplas e pensou uma revolução de longo prazo, uma revolução democrática, que enfrentasse a profunda desigualdade social que nos afronta há séculos, que situasse a Nação de forma soberana na arena mundial. Desde o seu nascimento, o partido havia superado a dicotomia entre socialismo e democracia. E no projeto concebido mais recentemente certamente reafirmou para si mesmo que o processo de mudanças no Brasil se daria no leito democrático, do qual nunca abriu mão.

E pôde experimentar nesses oito anos, ao lado dos partidos aliados que chamou para o projeto, o quanto é possível mudar o Brasil, as condições de vida do povo brasileiro, no exercício pleno da democracia. Tirar quase 30 milhões da pobreza absoluta e elevar mais de 30 milhões da pobreza à classe média é o maior triunfo desse projeto. Foi nele que o povo votou.

E foi a vitória de uma mulher. A vitória da mulher brasileira. O ano de 2002 marcou um fato inédito na história do Brasil: a eleição de um presidente operário. Agora, o povo brasileiro produz outro fato inédito: pela primeira vez elege uma mulher.

Nunca se viu um ataque tão descabido, tão sórdido, tão abaixo da linha de cintura à figura da mulher como foi feito pela campanha do candidato adversário. Nossas ilusões nos levaram a pensar numa campanha de bom nível, face ao passado de Serra. Foi um grave engano.

Nunca o nível baixou tanto, e contra uma mulher. E procurando buscar nos recantos obscuros da alma da sociedade brasileira os elementos que suscitassem o ódio, que alimentassem os preconceitos, que suscitassem a raiva contra a mulher, contra todas as mulheres, e especialmente contra aquelas que eventualmente tivessem que recorrer ao aborto.

E a chamaram despreparada, e a chamaram teleguiada, e quiseram-na sem vida política, e a denominaram terrorista, como se terroristas fossem todos os que resistiram à ditadura. E semearam mentiras, e fizeram milhões de telefonemas clandestinos com toda sorte de calúnias contra ela.

E ela ganhou. Ganhou a grande mulher que é Dilma, que soube superar uma doença, que não se abalou com a sordidez que se alevantou contra ela, e se torna assim a nossa primeira presidente mulher. As mulheres do Brasil estão em festa. E os homens também. Há um caldo de revolução cultural na eleição dessa mulher. Os homens viverão uma experiência nova: a mulher que sempre soube cuidar dos filhos e da casa, e que nunca deixou também de viver intensamente a vida pública, irá agora dirigir os homens e mulheres do Pais, cuidar com imenso carinho de todo o povo brasileiro, acelerando o processo de distribuição de renda iniciado com tanta firmeza pelo presidente Lula.

Emiliano José

Emiliano José é jornalista, escritor, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. www.emilianojose.com.br