14 de jun. de 2013

ARTE EM GRAFITE

Limpeza13/06/2013 | 17h07

Grafite sobre falta de mobilidade urbana é removido pela Prefeitura de Florianópolis
Arte sobre sobre os eternos engarrafamentos na Grande Florianópolis não resistiu à limpeza da Secretaria de Obras. Antes e depois foi registrado por representante do movimento por mais ciclovias na Capital
Foto: Daniel de Araujo Costa / Divulgação / Marcone Tavella / marcone.tavella@horasc.com.br
As palavras-chave "trânsito", "Sul" e "Ilha" dificilmente não acaba em "fila" na mente do cidadão de Florianópolis. Foi inspirado nesta relação óbvia que um artista de rua, que não quis se identificar _ pois prefere ser conhecido por sua mensagem _, resolveu protestar. Protesto que durou pouco mais de um mês.
Com várias cores de tinta e a ajuda de um amigo, o grafiteiro desenhou no concreto do elevado do trevo da seta um garrafão cheio de carros boiando, lentamente, com os dizeres: "Seja Bem Vindo A Filanópolis, Capital da Imobilidade Urbana".
Pois no último dia 10, durante a greve no transporte urbano que intensificou as filas pela cidade, a Prefeitura de Florianópolis desfez a arte do engarrafamento. Com apenas uma tinta, limpou em poucos minutos o trabalho do artista.
— Eu esperava que isto fosse acontecer. O recado foi dado e tocou na ferida, onde era para doer mesmo. A arte traduz o que as pessoas engarrafadas no trânsito diariamente por ali. De arcordo com o artista, a intenção era estimular a reflexão sobre este problema cotidiano, da falta de mobilidade.
— As coisas que nos revoltam se transformam em arte. Não vamos parar porque eles tira. Questionar é nossa função. Levamos perguntas, não respostas — disse.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Obras, a pintura do viaduto não tem relação com a arte, especificamente, mas segue um cronograma de limpeza e pintura de todos viadutos e elevados, que começou pelo do CIC, no acesso ao Norte da Ilha.
— Não tinha porque a prefeitura deixar a arte lá — resumiu.
O protesto - A arte foi feita no início de maio e ganhou as redes sociais, com repercussão nos meios de comunicação da capital. Além do grafite, haviam algumas pichações que estavam há mais tempo no concreto do elevado e também foram removidas pela Secretaria.

Créditos: HORA DE SANTA CATARINA / Foto: Daniel de Araujo Costa / Divulgação / Marcone Tavella / marcone.tavella@horasc.com.br

5 de jun. de 2013

MUITOS

Conheci muita gente motivada que começou e simplesmente parou. Conheci muita gente inteligente que não compartilhou o que sabia e desapareceu. Conheci muita gente esperta que sucumbiu na própria esperteza. Conheci muita gente com ótima retórica e que ficou falando sozinha. Conheci muita gente boa eu não vejo mais. Perdi amigos que me ensinaram muito em pouco tempo. Quis fazer amigos que nunca conquistei, mas sempre admirei. Escutei histórias que nunca acreditei, e contei algumas também...
É engraçado, e me dei conta a pouco tempo, da quantidade de pessoas que passam pela nossa vida e realmente colocam o dedo na nossa existência. Uns vão, outros vem, alguns ficam, uns só vão e outros, nunca vem. Uns deixam algo, uns nada, outros ainda tiram. Esta salada “de gente” é o que tempera nossa existência, que ajusta nossa convivência e que no final das contas nos forma como pessoas. Se os exemplos foram bons ou ruins ou se simplesmente não existiram que importa? Cada qual a seu modo ensinou. Sempre preferi os inquietos, aqueles que não dão sossego. São imprevisíveis, difíceis de compreender, de conviver, até certo ponto meio chatos, mas no bom sentido. (se isto existe?!) Em comum pelo que observei, têm uma característica marcante. São absolutamente DETERMINADOS. Querem, planejam (mas nem sempre com cuidado), executam, caem, mudam a rota, mas nunca o destino e finalmente conseguem o objetivo, mesmo que isto lhes custe muito caro. Possivelmente cobrem muito mais de si mesmo que de qualquer a seu lado. Detestam perder, mas entendem que a derrota também ensina. Tem pressa extrema e não entendem porque todo mundo não é igual. Muitas vezes erram pelo julgamento precipitado, porem sabem se desculpar. Por sinal se desculpam muito, pois erram mais simplesmente porque fazem mais, tentam mais, se esforçam mais. Mantem firme a ultima palavra mesmo que ela seja um simples e verdadeiro, “eu errei”. Sabem bem que antes do erro veio a tentativa e lá no fundo valeu a pena o esforço. Enfim, gente difícil de conviver, mas quer saber, gratificante as conhecer!
Texto: JMF – James Mauro Fuc