Projeto revela outras necessidades
Não só a música é necessária em projetos sociais pelos bairros do município.
São Bento do Sul – Uma semana após iniciado, na prática, um projeto solidário que leva música às crianças carentes nos bairros da cidade, monitores revelam que há necessidade de participação maior da comunidade para sanar de vez alguns problemas sociais. Denominado “Som do Coração”, o projeto consiste em levar aulas de violão nos bairros Serra Alta, Centenário e Vila União. Na primeira semana os sete monitores atenderam mais de setenta crianças e adolescentes que acalentam o sonho de aprender a executar os mais variados ritimos e estilos no instrumento. Mas, em pouco dias, os monitores concluíram que há mais a se fazer do que simplesmente levar o “Som do Coração” com ensinamentos do violão.
Na primeira aula ministrada na Vila União, segundo os voluntários, se revelou um desejo de mudar a triste realidade que faz o local ser discriminado, ora pela violência, ora pelas informações sobre os casos com drogas. A aula foi na terça-feira, quando a comunidade ainda estava sentindo a dor de ter perdido o jovem Douglas, de 19 anos, morto com um tiro no estacionamento de uma casa de diversão noturna. “Infelizmente discriminam nossa Vila. Chegaram dizer que o rapaz que morreu deveria ser mais um daqueles que vivem incomodando, mas ele era trabalhador e amigo de todos nós”, disse uma menina de 13 anos que declarou querer lutar para fazer com que a Vila seja respeitada pelas pessoas de bem que lá estão habitando. “Sei que pessoas ruins existem em todos os bairros. Não é porque somos pobres que somos do mal, e precisamos mudar essa situação”, relatou.
Na Serra Alta crianças e adolescentes se disseram felizes pelo bairro ter sido notícia positiva nos jornais da semana. “Somos jovens ainda, mas nos preocupamos com a imagem do nosso bairro que, em muitas vezes, foi vendida de forma negativa pelos acontecimentos”, declarou um menino de 14 anos que também está no projeto. Além disso, os monitores já começaram um acompanhamento com cada aluno para que estes tenham condição de vida saudável. “Toda a estrutura da secretaria de assistência social está à disposição, queremos ajudar a manter essas crianças e adolescentes no projeto, por isso é importante que, detectados os problemas familiares que são passiveis de ajuda através da nossa pasta, imediatamente tomar iniciativa para saná-los”, disse a secretária Clélia Maria Bork Roesler. Em todos os pólos já existe uma fila de espera para participar do projeto, mas o presidente da SEDEC10, José Carlos de Paula, que está a frente do projeto, disse que somente será ampliado na medida em que mais voluntários forem participando, da mesma forma será ampliado de acordo com as possibilidades de espaço físico e disponibilidade de instrumentos musicais. “Em breve vamos buscar apoio da comunidade para adquirirmos mais violões. A procura por vagas nos surpreendeu, por isso teremos que atender a demanda com mais pessoal e equipamento”, disse. Cada violão para os iniciantes custa em torno de R$ 140,00. Os vinte violões e todo o equipamento de sonorização para iniciar o projeto foram adquiridos através de subvenção social, viabilizada pela Deputada Estadual Professora Odete de Jesus.
Créditos: Texto e foto: Luzardo Chaves / Jornal A Gazeta
Não só a música é necessária em projetos sociais pelos bairros do município.
São Bento do Sul – Uma semana após iniciado, na prática, um projeto solidário que leva música às crianças carentes nos bairros da cidade, monitores revelam que há necessidade de participação maior da comunidade para sanar de vez alguns problemas sociais. Denominado “Som do Coração”, o projeto consiste em levar aulas de violão nos bairros Serra Alta, Centenário e Vila União. Na primeira semana os sete monitores atenderam mais de setenta crianças e adolescentes que acalentam o sonho de aprender a executar os mais variados ritimos e estilos no instrumento. Mas, em pouco dias, os monitores concluíram que há mais a se fazer do que simplesmente levar o “Som do Coração” com ensinamentos do violão.
Na primeira aula ministrada na Vila União, segundo os voluntários, se revelou um desejo de mudar a triste realidade que faz o local ser discriminado, ora pela violência, ora pelas informações sobre os casos com drogas. A aula foi na terça-feira, quando a comunidade ainda estava sentindo a dor de ter perdido o jovem Douglas, de 19 anos, morto com um tiro no estacionamento de uma casa de diversão noturna. “Infelizmente discriminam nossa Vila. Chegaram dizer que o rapaz que morreu deveria ser mais um daqueles que vivem incomodando, mas ele era trabalhador e amigo de todos nós”, disse uma menina de 13 anos que declarou querer lutar para fazer com que a Vila seja respeitada pelas pessoas de bem que lá estão habitando. “Sei que pessoas ruins existem em todos os bairros. Não é porque somos pobres que somos do mal, e precisamos mudar essa situação”, relatou.
Na Serra Alta crianças e adolescentes se disseram felizes pelo bairro ter sido notícia positiva nos jornais da semana. “Somos jovens ainda, mas nos preocupamos com a imagem do nosso bairro que, em muitas vezes, foi vendida de forma negativa pelos acontecimentos”, declarou um menino de 14 anos que também está no projeto. Além disso, os monitores já começaram um acompanhamento com cada aluno para que estes tenham condição de vida saudável. “Toda a estrutura da secretaria de assistência social está à disposição, queremos ajudar a manter essas crianças e adolescentes no projeto, por isso é importante que, detectados os problemas familiares que são passiveis de ajuda através da nossa pasta, imediatamente tomar iniciativa para saná-los”, disse a secretária Clélia Maria Bork Roesler. Em todos os pólos já existe uma fila de espera para participar do projeto, mas o presidente da SEDEC10, José Carlos de Paula, que está a frente do projeto, disse que somente será ampliado na medida em que mais voluntários forem participando, da mesma forma será ampliado de acordo com as possibilidades de espaço físico e disponibilidade de instrumentos musicais. “Em breve vamos buscar apoio da comunidade para adquirirmos mais violões. A procura por vagas nos surpreendeu, por isso teremos que atender a demanda com mais pessoal e equipamento”, disse. Cada violão para os iniciantes custa em torno de R$ 140,00. Os vinte violões e todo o equipamento de sonorização para iniciar o projeto foram adquiridos através de subvenção social, viabilizada pela Deputada Estadual Professora Odete de Jesus.
Créditos: Texto e foto: Luzardo Chaves / Jornal A Gazeta
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