Páscoa, infância e o massacre de Realengo
Ao celebrarmos a Páscoa neste ano da graça do Senhor de 2011, reafirmamos nossa fé na ressurreição de Cristo. E a postura que temos diante da morte traduz o sentido que damos à vida. Em nossas mentes e corações, o assassinato em massa ocorrido em 7 de abril corrente, quando às 8h30min, na escola Tasso da Silveira, em Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles, com idade entre 12 e 14 anos. Assim, a alegria da celebração da vitória de Cristo sobre o mal e a morte não pode ofuscar a realidade de que bem perto de nós, crianças e adolescentes sofrem agressões, expostos a maus tratos, abandonados, usados na mendicância ou em outras situações de exploração e de desrespeito, que não chamam tanto a atenção como o massacre de Realengo. E a ressurreição de Cristo não significa apenas que do outro lado desta vida encontraremos a inefável comunhão de Amor. Diz respeito também à vida nesta Terra. "Vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (João 10, 10).
A busca desenfreada do prazer, do poder e da riqueza, grandezas passageiras e que não podem garantir nossa felicidade completa, conduz a largos passos nossa civilização ao precipício. O encontro com o Cristo ressuscitado e vivente determina a conduta moral de seus seguidores e, ao mesmo tempo, fortalece as iniciativas de todos aqueles que lutam por um mundo novo de justiça. E o Ressuscitado nos garante:
"Não tenhais medo, eu venci o mundo!" (João 16, 33). Assim a Páscoa nos anuncia a vitória de todos os indefesos, de todos os oprimidos, de todos os que confiam no Senhor, na sua infinita misericórdia.
Assim, somos convidados a meditar de olhos bem abertos. Não é lá no túmulo de Jerusalém que, agora, Jesus ressuscita, como registrado no Livro Sagrado dos cristãos: "Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5b-6). Em nosso coração, em nossas atitudes fraternas e solidárias é que a Páscoa acontece neste tempo marcado pela violência, pela cultura da morte, pelo desprezo à obra de Deus e à vida de nossos semelhantes. E a ressurreição de Jesus nos garante que é possível a vitória sobre a morte e sobre todos os males.
Feliz Páscoa!
Créditos: Paulo Vendelino Kons
Conselheiro Tutelar de Brusque
Ao celebrarmos a Páscoa neste ano da graça do Senhor de 2011, reafirmamos nossa fé na ressurreição de Cristo. E a postura que temos diante da morte traduz o sentido que damos à vida. Em nossas mentes e corações, o assassinato em massa ocorrido em 7 de abril corrente, quando às 8h30min, na escola Tasso da Silveira, em Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles, com idade entre 12 e 14 anos. Assim, a alegria da celebração da vitória de Cristo sobre o mal e a morte não pode ofuscar a realidade de que bem perto de nós, crianças e adolescentes sofrem agressões, expostos a maus tratos, abandonados, usados na mendicância ou em outras situações de exploração e de desrespeito, que não chamam tanto a atenção como o massacre de Realengo. E a ressurreição de Cristo não significa apenas que do outro lado desta vida encontraremos a inefável comunhão de Amor. Diz respeito também à vida nesta Terra. "Vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (João 10, 10).
A busca desenfreada do prazer, do poder e da riqueza, grandezas passageiras e que não podem garantir nossa felicidade completa, conduz a largos passos nossa civilização ao precipício. O encontro com o Cristo ressuscitado e vivente determina a conduta moral de seus seguidores e, ao mesmo tempo, fortalece as iniciativas de todos aqueles que lutam por um mundo novo de justiça. E o Ressuscitado nos garante:
"Não tenhais medo, eu venci o mundo!" (João 16, 33). Assim a Páscoa nos anuncia a vitória de todos os indefesos, de todos os oprimidos, de todos os que confiam no Senhor, na sua infinita misericórdia.
Assim, somos convidados a meditar de olhos bem abertos. Não é lá no túmulo de Jerusalém que, agora, Jesus ressuscita, como registrado no Livro Sagrado dos cristãos: "Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5b-6). Em nosso coração, em nossas atitudes fraternas e solidárias é que a Páscoa acontece neste tempo marcado pela violência, pela cultura da morte, pelo desprezo à obra de Deus e à vida de nossos semelhantes. E a ressurreição de Jesus nos garante que é possível a vitória sobre a morte e sobre todos os males.
Feliz Páscoa!
Créditos: Paulo Vendelino Kons
Conselheiro Tutelar de Brusque
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