26 de mai. de 2009

DROGAS


Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais como a cafeína do café, a nicotina presente no tabaco, o ópio na papoula e o THC tetrahidrocanabiol da maconha. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratórios, exigindo para isso técnicas especiais. O termo drogas, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias, que são as estimulantes, as depressoras e as perturbadoras das atividades mentais.
O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o sistema nervoso central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas, ou seja, por injeção, por inalação, via oral, injeção introvenosa ou aplicados via retal (supositório). Quando falamos em drogas logo pensamos em substâncias alucinógenas ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro, o álcool, a maconha, a cocaína, o crack, dentre outras, mas na verdade, desde um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga.
O que vai diferenciar o seu uso são os efeitos que elas vão manifestar no organismo de quem faz uso delas. Umas estão liberadas e outras são proibidas, pois atingem o cérebro alterando o seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas. Os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são a curiosidade, influência de amigos, vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem para tomar uma atitude, dificuldade para enfrentar situações difíceis, hábito, dependência comum, rituais, busca por sensações de prazer, tornar-se calmo entre outras. È comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal. Esta classificação refere-se à quantidade e peridiocidade em que ela é usada. Outra classificação, se refere ao uso das drogas em desvio de seu uso habitual, como por exemplo o uso de cola, gasolina, benzina, éter, loló, dentre outras substâncias químicas. Os usuários podem ser classificados em experimentador, usuário ocasional, habitual e dependente.
A preocupação com o uso ou abuso de drogas entre crianças e jovens em idade escolar não é recente. Somente nos últimos trinta anos é possível distinguir inúmeras estratégias que procuravam afastar os alunos, principalmente adolescentes, dos problemas causados pelas drogas. Inicialmente programas baseados no fornecimento de conhecimento sobre as drogas e os riscos de seu uso, principalmente os riscos causados a longo prazo na saúde pessoal. Imaginava-se que essas informações seriam suficientes para impedir o uso de drogas entre os jovens. Uma década mais tarde, as estratégias ficariam mais efetivas. Nesses casos o que prevalecia era a tentativa de permitir um desenvolvimento saudável da personalidade na tomada de decisões, na formação de valores e no manejo de situações de stress. Mais do que saber sobre os riscos do consumo de drogas, os jovens deveriam conhecer os valores negativos envolvidos nesse comportamento e os valores positivos encontrados na não utilização. Hoje vemos na escola um campo apropriado para o desenvolvimento de estratégia que façam com que os jovens saibam dizer não as pressões sociais para a utilização de drogas.
Os professores estão em uma posição privilegiada para identificar jovens traumatizados tanto por apresentarem dificuldades na aprendizagem quanto por apresentarem problemas de comportamento. A escola também deve investir na formação de líderes positivos entre seus alunos, incentivando-os a participar do programa de prevenção de forma ativa e consciente. Deve prevenir a violência, comportamentos desonestos, discriminatórios e antissociais. As escolas e as pessoas envolvidas em um programa de prevenção não podem desenvolver a expectativa e a ansiedade de resolverem sozinhos e definitivamente o problema social da droga. No entanto, as escolas podem promover um amplo e inigualável trabalho preventivo que pode e deve atingir a prevenção ao uso de drogas de muitas maneiras. Através do currículo formal, a escola oferece aos alunos o conhecimento e as habilidades necessárias para minimizar os riscos e os danos causados para uso de drogas. Há necessidade de uma política voltada à educação para reformular o currículo escolar a fim de tornar a escola atrativa para o aluno, pois é fora da escola que o jovem tem inúmeras opções e uma delas poderá ser o caminho das drogas. Temos que preparar a escola para educar a criança no caminho em que ela deve andar.
Texto: Neusa Cella - Professora de Língua Portuguesa

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