1 de mar. de 2012

TARA LYNN, BELEZA DE VERDADE

Graças a deusas, enfim as mulheres acordam do pesadelo da ditadura da beleza Barbie, possível somente para bonecas de plástico.
A modelo Tara Lynn, capa da revista Vogue italiana e da Elle francesa e promessa de ser capa da Corpo, vem encabeçando uma campanha contra anorexia e também na aposta em um novo tipo de corpo e de rosto, em uma nova forma de beleza.
A revolução vem de uma realidade banhada de muitas mortes femininas, principalmente de adolescentes.
A beleza impossível , mulher, mídia e consumo, é brilhantemente discutida no livro de Rachel Moreno, com esse mesmo nome. A psicóloga ressalta “O ideal de beleza cria um desejo de perfeição, introjetado e imperativo. Ansiedade, inadequação e baixa autoestima são os primeiros efeitos colaterais desse mecanismo. Os mais complexos podem ser a bulimia e a anorexia, além de grande parte do orçamento familiar gasto em produtos e serviços ligados a estética.”
Essa beleza impossível propagada pela mídia alimenta todo um mercado da moda de pouco tecido e muito valor agregado, da indústria de emagrecimento, desde a alimentação até a medicação e cirurgias plásticas que constroem mulheres em série. É um mercado rendoso e mantém um sistema ordinário de prisão e morte de milhares de mulheres muito inteligentes, presas a essa IMAGO coletiva massificante.
É nesse mesmo livro que a autora nos traz os seguintes dados para pensarmos: “Mesmo que se digam belas, quer no todo, quer em algum espaço corporal em meio a humana imperfeição, são muitas as mulheres que se engajam numa série de procedimentos e práticas que prometem beleza. Segundo a pesquisa Dove/Unilever:
• Uma em cada dez mulheres admite ter comportamentos como se recusar a comer ou comer compulsivamente e depois vomitar em seguida. Essa pratica predomina entre meninas mais jovens ( de 15 a 17 anos).
• As mulheres que estão insatisfeitas com o peso e a forma do corpo são significativamente mais propensas a fazer dietas ou ter comportamentos compulsivos do que as que estão satisfeitas.”
Agora a questão é: qual mulher está satisfeita com seu peso? Por mais magra que esteja uma mulher, a fala normal dela é: preciso emagrecer pelo menos 5 kg. Isso advém de uma imagem imposta pela mídia de extrema perfeição, corpo e aparência de barbie, que só é mesmo possível para bonecas.
Temos perdidos grandes talentos femininos em mortes precoces, outras tem a “cabeça” seriamente prejudicada graças as anfetaminas e outras drogas que permitem que sobrevivam sem comida.
Já é hora de acordarmos para a vida real e para a beleza real, que está em você ser exatamente como você é: única e especial.

CRÉDITOS: Psicóloga Odegine Graça

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